Onde o tênis aperta

Eu hoje estava me lembrando de uma história de uma amiga figuraça que eu tenho, da época da faculdade, A.
Bom, a A. fazia aula de música no Villa Lobos, mas na verdade acho que ela ia para lá mais pela social e pelos rapazes (hehe).
O fato é que ela começou a se interessar por determinado rapaz e ele dando condição, mas nunca rolava nada. Até o dia em que, na saída da aula,ele a convidou para ir à casa dele "estudarem música".
A criatura já entrou no carro dele alegrinha, chegou já estudando o ambiente: hummm mesa espaçosa dá para o gasto, sofá amplo...
Só que o moço pegou o violão e disse que ia cantar para ela. Ai, que emoção, que romântico! e tocou Caetano ( e ela acompanhando no vocal), Gil, Chico Buarque, Djavan...quando ele começou Chico César lá se tinham ido umas 4 h e...nada!
Minha amiga já estava se conformando que era amizade mesmo, quando de repente ele larga o violão e vai para o seu lado cheio de amor pra dar. É amasso, beijo, agarro...aí ele começou a tirar a blusa dela, a calça e chegou no...pé.
Naquele exato instante ela se lembrou que estava de tênis e não era qualquer tênis, era justo aquele que tinha uma criação particular de champignon, entre outras espécies raras de fungos, bactérias e outros seres vivos estranhos. O cheiro era algo entre queijo minas na geladeira há um mês e o lixão de Caxias. DESESPERO!
Ela simplesmente não deixou ele tirar, disfarçou, inventou uma desculpa, fez um strip meia bomba para enrolar e se viu então na situação mais inusitada de sua vida: nua em pêlo...e de tênis.
O fato é que nessa hora o cara broxou, desistiu, eles vestiram a roupa e ele foi levá-la em casa. Como ela é minha amiga, mas é cara-de-pau, ainda teve coragem de perguntar (e me contar depois):
_Vem cá, foi por causa do tênis ou por causa do chulé?
Ele não respondeu. E também nunca mais ligou. Agora, ela se tornou moça descolada, daquelas sempre prontas para tudo. E... tênis? Nunca mais!